segunda-feira, 31 de março de 2014

Nô djunta mon

Fernando Casimiro, no seu site didinho.org, lançou um repto à reflexão, retomando algumas propostas da candidatura do PUSD às legislativas. Agrada-nos termos contribuído para o debate: tal como a candidata Carmelita Pires já afirmou, por mais que uma vez, nesta campanha eleitoral, no curso de algumas entrevistas, estamos abertos a discutir as modalidades dessa alteração de regime, ou até, surgindo novos contributos construtivos, a mudar de opinião; repensando, nesse caso, como se poderia fazer evoluir o semi-presidencialismo na nossa Lei, de forma a corrigir os erros históricos que nos têm afligido.

Já não podemos, por outro lado, concordar com Didinho, quando limita as expectativas do Partido à eleição de um ou dois deputados(as), sugerindo que o Partido não está preparado. Agradecemos vivamente ao Fernando Casimiro ter levantado esta questão relevante, pois servir-nos-à de pretexto para esclarecer os eleitores. É verdade que o PUSD não tem quadros e isso pode parecer, à primeira vista, uma desvantagem. Por isso o Partido, tomando consciência dessa falta de preparação coletiva, decidiu que os símbolos a utilizar nesta campanha seriam o logotipo do Partido e a cara da sua Presidente, Carmelita Pires, a qual tem capacidade e consistência para ser PM e para mobilizar os recursos humanos que forem necessários na base da competência. Desafiamos o Didinho a encarar, como nós, esse facto como uma oportunidade, e não uma ameaça: a nossa candidata terá as mãos livres nessa escolha, para selecionar o mérito e poder depois exigir responsabilidade e rigor, sem ficar presa, como tem sido o caso até aqui, a lealdades e favores partidários. Pelo contrário, ainda ontem foi publicado, aqui neste blog, que «o nosso governo vai ser uma surpresa, com as pessoas mais competentes» independentemente da sua origem partidária ou geográfica! Mais que um partido de quadros, somos um partido de boas vontades. Isso mesmo reconheceu o povo guineense, quando nos confiou 17 deputados, nas eleições de 2004. Atualmente, a situação de desnorte, de divisões internas e de descrédito daqueles que eram conhecidos como os dois maiores partidos guineenses é ainda mais grave e desesperada, do que era por essa altura, e todos desejam uma alternativa. É isso mesmo que a candidatura de Carmelita Pires almeja e está em melhores condições de oferecer ao País.

Foi hoje decidido, na reunião do Partido que teve lugar na sede de Bissau, que caso Carmelita Pires seja nomeada Primeira-Ministra, endereçará de imediato um convite ao Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, para Ministro dos Negócios Estrangeiros do seu novo Governo, colocando ao serviço da Guiné a sua vasta experiência diplomática. Vamos deixar de mentalidade de cacre. Todos serão chamados a contribuir, à medida da sua capacidade, competência e consistência. E uma das pessoas com maior valia, em termos de reflexão da Guiné-Bissau, é decerto o Didinho. Esta é a hora da verdadeira reconciliação entre irmã(o)s. Nô djunta mon pa kumpu nô terra! Isso mesmo já percebeu o povo: com camisolas de todas as cores, dão vivas à comitiva do PUSD e à sua Presidente, cujas motivações ninguém duvida sejam intensa e inteiramente patrióticas e, de forma alguma, movidas apenas por interesses pessoais.

A Direção de Campanha

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