quarta-feira, 9 de abril de 2014

O papel das Forças Armadas

Face aos múltiplos sinais de preocupação, que nos chegam pelas mais diversas vias e se manifestam de variadas formas, tanto interna como externamente, quanto ao papel das Forças Armadas, no decurso do ato eleitoral que se realizará no Domingo e no período pós-eleições, senti a necessidade de me pronunciar sobre o assunto.

Não duvido do carácter nacional das FA, nem da sua submissão à vontade popular. As FA também fazem parte do povo! Como afirmou recentemente um candidato às presidenciais, «as FA não são fator de instabilidade». São um pilar da nossa soberania e independência, tão duramente conquistadas. O seu papel, num futuro Governo de unidade nacional inclusivo, ao abrigo de um Pacto de Regime, que tanto temos vindo a defender, é dos mais importantes. Acredito que as FA são competentes e estarão à altura do desafio. Nô djunta mon ku mon. 

Caso venha a ser Primeira-Ministra, hei-de entender-me com o Presidente eleito, para que a UNIDADE das Forças Armadas seja preservada, no respeito pela ordem & organização. Saberei recomendar e convencer o Presidente a evitar mudanças bruscas e a saber esperar por sucessos políticos e regularidade nas remunerações da nossa tropa (falhanços dos políticos que foram a origem de tantos males), antes de qualquer intromissão na cadeia hierárquica, esperando que a instituição decida internamente da melhor forma de preservar essa unidade, que faz a sua força. 

Por isso, quando, há dias, me ligaram da ECOMIB, via CNE, a informar que esta força estava disponível para garantir segurança aos candidatos que manifestassem essa intenção, a minha reacção instintiva foi a de responder que não preciso de segurança de forças estrangeiras, sejam elas quais forem e por melhores que sejam as suas intenções. As garantias de segurança das minhas Forças Armadas chegam-me. Estou convicta de que essas minhas Forças Armadas, que fizeram a admiração do mundo, não desejam mais, como todas e todos nós, senão o progresso e a concórdia nacional, que dependem essencialmente, da estabilidade e credibilidade governativa, assentes na vontade do povo e numa forte esperança de mudança. 

Não duvido que a ruptura radical, que tenho vindo a defender, nos tragam frutos no curto prazo, e sucessos sustentados numa frente comum pela dignidade e pelo desenvolvimento. Esta nossa rampança defende isso mesmo: mudança e esperança!

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